Até agora não falamos de um personagem importantíssimo da história: "o Mochilão". Se é um personagem, deveria ter expressões e atitudes. Afinal, o mochilão é o parceiro do Tiago. Seu amigo confidente, fiel escudeiro. Quase um cachorro. Isso! Precisávamos de um mochilão com alma de um cão. Então Du e Ana começaram a pesquisar algumas referências de mochilas. Até que chegaram na solução acima. Um mochilão com olhos, boca e, principalmente, com uma cumplicidade canina.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Traçando os traços do Tiago.
Tiago e seu cachorro nasceram, mas Edu e Ana ainda não tinham definido como seria o traço das ilustrações, a atitude dos personagens. O livro fala de um menino que ganha uma mochila. Inicialmente, ele brinca com a mochila e guarda suas coisinhas e segredos dentro dela. Mas, com o tempo, o garoto vai encontrando objetos que não foram guardados por ele. Quem teria colocado esses objetos dentro de sua mochila e por quê? Daí, Ana e Edu começaram a pensar sobre a atitude do Tiago em relação aos adultos e os adultos em relação ao Tiago. Levaram também em consideração a idade do Tiago. O menino está prestes a aprender a ler. Está começando a traçar sua historinha no mundo. Ana e Edu pensaram, então, em fazer traços finos e delicados. Um contorno quase imperceptível. O Edu, para conseguir esse efeito, ao invés de desenhar na mesa, utilizou a janela como mesa. Isso porque, ao apoiar a caneta numa superfície horizontal, o peso da mão aumentava a pressão sobre a caneta e o papel. O resultado era um traço mais grosso. Justamente o que não queriam.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Todo cachorro tem a cara do dono.
Escritora e ilustrador começaram a estudar como seria o cãozinho do Tiago. Ana enviou fotos do Lipe para o Edu. Muitos esboços foram feitos. Muitas dúvidas surgiram. De novo, algo estava faltando que eles não conseguiam descobrir. Até que chegaram em dois chachorros muito simpáticos. Ana queria escolher o que mais parecia com o Lipe. Seu cão foi adotado de uma ONG. Ele é um RSN - sem raça definida - ou seja: um legítimo vira-latas. Ele é a paixão da escritora. Por isso, foi tão difícil para ela fazer essa escolha. Até que Ana entendeu que quem era dono do cachorro na historia não era ela e sim o Tiago. Então finalmente foi decidido o amigo fiel do menino. O cão da esquerda. Afinal todo cachorro tem a cara do dono.
segunda-feira, 28 de março de 2011
E o Tiago escolhido foi...
Sim, sim, o Tiago escolhido foi exatamente esse que você pensou. O Tiago número 3. O mesmo que está na parte de cima do blog. Edu acrescentou alguns traços do Luca, seu filho, e o menino ficou perfeito. Exatamente do jeito que a escritora e o próprio ilustrador imaginaram. Um menino carismático com energia e cara de um garoto de sua idade. Mas, apesar da grande satisfação com o personagem, ainda faltava alguma coisa. Algo que tornasse o Tiago ainda mais próximo de uma criança. Algo que todas elas sonham ganhar. Ana lembrou de sua infância com o Big (um pincher folgadíssimo) e do Coke, o cachorro de seus sobrinhos e, claro, de sua atual aquisição: o Lipe. Então veio a idéia. Tiago ganhou seu mais fiel amigo: um cãozinho. Decidido isso, Ana e Edu começaram a pesquisar como seria o cão do Tiago. Como?
quinta-feira, 24 de março de 2011
Às vezes precisa-se ir longe para descobrir que uma solução está bem debaixo do nariz. Nesse caso no rosto inteiro. Após desenhar os primeiros traços do Tiago com as crianças, Ana e Edu continuaram pesquisando para concluir o personagem. Edu e Ana buscaram filmes, videos e acabaram seguindo uma ou outra referência, mas no final das contas, o que ficou foi um menino cabeludo, com rosto ovalado e olhos pequenos. Qualquer semelhança foi mera coincidência mesmo. E muito, muito feliz. O Tiago tem a cara do Edu. Compare as fotos com os vários Tiagos e adivinhe qual o escolhido.
segunda-feira, 21 de março de 2011
O (re)nascimento do Tiago.
Cheios de ideias na cabeça e os computadores na mão, Ana e Edu retomaram o projeto do Tiago. O primeiro passo foi repensar o personagem. Foi interessante ver como o olhar sobre o Tiago mudou para os dois de acordo com o tempo e alguns acontecimentos em suas vidas. Edu teve filho nesse meio tempo que o Tiago estava na gaveta. Ana adotou um cachorro, o Lipe. Muitas referências foram trocadas por e-mail. Ana e Edu buscaram outras opiniões, mas a principal delas foi a das crianças no Centro Cívico, localizado ao lado da biblioteca de Barcelona. Edu sentou com elas, mostrou as referências e desenhou o Tiago junto com elas. O menino começava a tomar forma e estava prestes a nascer.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Obra do destino.
O concurso de ilustração na Espanha passou e Tiago embarcou de volta para o Brasil. Ficou um tempo descansando na gaveta. Tempo suficiente para Ana Paula decidir mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde reencontrou sua amiga de infância, a Bia. Conversa vai, conversa vem, Bia contou que abriu uma editora: a Faces. Daí para frente já dá para imaginar. Ana Paula tirou o Tiago da gaveta. Apresentou para a editora e bingo de novo! O Tiago finalmente iria deixar de ser uma folha de papel para virar livro de verdade. Ana Paula entrou em contato com o Edu em Barcelona e o "teletransporte" entre eles começou novamente: Edu, Tiago está de volta! Prepare sua mochila!
terça-feira, 15 de março de 2011
O primeiro Tiago.
História pronta. Agora, era só Ana Paula conseguir tirar o Tiago do papel. Fazer ele ganhar formas e cores. Nessas horas, ser publicitária ajuda muito porque você trabalha como uma ilha: cercada de pessoas talentosas por todos os lados. Então, Ana Paula se juntou a alguns amigos com os quais já havia trabalhado anteriormente para dar vida ao Tiago. Quer dizer, a primeira versão do menino. Esses amigos eram Alexandre Rampazo (Dir. Arte e Ilustrador) e Du Albuquerque e sua esposa Maria Miluzzi (Designers e Ilustradores). A história foi ilustrada para um concurso na Espanha. Foi a maior correria e uma experiência fantástica. Du e Maria já haviam se mudado para Barcelona. Alê havia iniciado sua carreira solo como ilustrador. Mas graças á Internet, essa máquina teletransportadora do sec.XXI, parecia que eles estavam sentados lado-a-lado como nos velhos tempos. O processo foi genial. Mas ainda não foi dessa vez que Tiago saiu da gaveta e virou livro de verdade. O menino e Ana Paula ainda tinham um longo caminho pela frente.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Ana Paula deu seu primeiro passo no Caminho de Santiago. Nada de visões, iluminação ou milagres como contavam as experiências que ela havia lido na internet. A mensagem do Caminho, para ela, era simples e prática: carregar somente o peso que a pessoa aguenta e somente o necessário para seguir viagem de forma leve, alegre e entusiasmada. Sem peso nem expectativas: dela ou dos outros.
A partir daí, Ana Paula começou a pensar em como contar essa experiência de forma diferente. Exatamente como a sentiu e viveu.De volta à São Paulo, onde morava até então, Ana Paula foi levar sua sobrinha, Maite, para o colégio. Quase que precisou de mais um carro. Um para ela e a Maite e outro para a sua mochila enorme com um mundo de coisas dentro: livros, cadernos e obrigações extraclasse. Bingo! Ana Paula associou isso à sua experiência na viagem. “O Mochilão do Tiago” havia nascido naquele momento.
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