sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A não-expectativa compensa muito mais.

Segunda-feira tinha a vistoria no carro. No domingo, fui num posto para trocar a luz do farol e o extintor de incêndio. Um rapaz simpático me atendeu. Expliquei a situação e que precisa trocar essas duas coisas. O rapaz perguntou se eu queria extintor com validade de 1 ano ou 5. Disse sim para a primeira opção. O atendente já não sorria mais tanto. Pediu para eu abrir o capô do carro e quando viu a dificuldade que era trocar a lâmpada do farol, chamou um outro rapaz, o Alê. Um moreno alto, cara de gente boa. O rapaz olhou o farol e disse. "Senhora eu vou trocar sim. Não vou tirar o farol do lugar porque tenho medo de quebrá-lo e a senhora vai fazer a vistoria amanhã, certo? Pensei: putz, o cara já falou pro outro que eu vou fazer vistoria. Vão me arrancar o couro. Mulher sozinha em posto de gasolina é prato feito para a picaretagem. O Alê ficou 30 minutos tentando de todas as maneiras trocar a luz do farol, até que conseguiu. Olhou meu extintor de incêndio e disse que ainda estava na garantia que não valia a pena trocá-lo. Pediu para ver o óleo. Estava uma gosma só. Disse que eu tinha que trocá-lo. Perguntou se estava na época da revisão do carro. Respondi que sim. Então o Alê falou que era melhor eu trocar o óleo por um baratinho, já que ia para a revisão um tempinho depois. Eu disse, ok. Quando ele abriu o recipiente do óleo viu que o filtro estava vazando. (Isso era mesmo verdade porque embaixo do carro ficava sempre uma pocinha de óleo.) Eu autorizei trocar o filtro, mas ele não quis. Disse que era melhor fazer isso na concessionária para eu ter o filtro original do carro. Perguntei a diferença. Ele disse que não havia, mas que era melhor para a concessionária não implicar com o outro filtro. Eu pensei: entre dar o dinheiro para a concessionária, prefiro ajudar essa rapaz. Decidi: Alê, por favor, troque o filtro. O Alê trocou. Depois disso, fomos encher o tanque. Enquanto isso, Alê calibrou meus pneus, inclusive o reserva. Depois, pegou esponja e água e lavou o vidro do carro. Ficou mais meia hora esfregando aquela sujeira toda. Parecia estar lustrando uma joia. Não satisfeito, lavou o carro inteiro enquanto seus colegas de trabalho conversavam e reclamavam do calor, Alê deixou meu carro brilhando. Fez isso sem eu ter pedido nada. Por puro amor e respeito ao seu trabalho. Conclusão: somei na minha cabeça quanto eu havia gasto, uns R$ 140,00. A gorjeta que havia separado não chegava a 5% do valor que eu iria pagar pelo serviço. Na hora de acertar a conta, paguei o posto com o cartão e dei a ele R$ 20,00. O Alê não acreditou. Recebeu a caixinha com um sorriso tão grande que mal cabia em seu rosto.

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